
Tão intrigante e belo, tão cheio de contradições, esse mundo de meu Deus, de seu Deus e do Deus de todo mundo (até de quem não O tem). E quando tudo acaba, nada se perde, tudo se transforma, tudo se cria, e nunca é da forma que se pensa, que se espera... mas É.
O passado se parece, dessa vez, menos com o que foi e a cada dia fica mais perto do que só existe dentro de nós. Ainda assim, parece de todo perfeito e talvez seja preciso, pois o futuro vem e vai em ondas que não percebemos até que seja tarde demais, e já foi, e está aqui, e vem, de novo.
Ninguém é mais o mesmo, nunca foi, nem por um segundo, que pelo mundo desfaz dias, mitos, ritos. Gotas de chuva inundam o rio que transforma todo querer. E o que era eu, não mais está aqui, é como uma certeza que não faz mais sentido, que aproveitou sua chance e tempo, que tinha o que fazer e agora nem tem como ser. Quem inventou o amor?
Todos olham a mesma coisa e ela é diferente, ouvem a mesma canção e viajam por tempos e lugares que de tão particulares, de tão indivizíveis, são perceptíveis àqueles que se permitem apenas por não perceberem que toda eternidade está guardada em um segundo.
E dizer ‘te amo’ é tão simples quanto é difícil amar. Que meu amor, então, seja algo simples, mas que seja perfeito, que faça sombra, guarde segredos, universos, e não morra nem se perca em outra pessoa, senão, meu já não é, mas de todo mundo. E ser igual é o que todo diferente é.
Quem inventou essa noite fria, de vento forte, de raios que iluminam mares e céus profundos? Quem inventou essa tarde de brisa leve, que parece dizer ‘tá tudo bem’? Quem inventou essa manhã de céu azul, cheia de cores e grandes esperanças, a cantar ‘o mundo começa agora...’?
Sou eu, sou você, sou todo mundo.
Um comentário:
Muito bacana o texto.Parabéns !
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