quinta-feira, 6 de agosto de 2009

De Todas as Maneiras

O mundo é tão grande, tão cheio de tudo e de todas as coisas. Coisas Pequenas, galáxias distantes que cabem na palma da mão ou no fundo do olhar de um alguém. Coisas grandes, como um sonho que escapa, que se vai e jamais fica longe.
Tão intrigante e belo, tão cheio de contradições, esse mundo de meu Deus, de seu Deus e do Deus de todo mundo (até de quem não O tem). E quando tudo acaba, nada se perde, tudo se transforma, tudo se cria, e nunca é da forma que se pensa, que se espera... mas É.
O passado se parece, dessa vez, menos com o que foi e a cada dia fica mais perto do que só existe dentro de nós. Ainda assim, parece de todo perfeito e talvez seja preciso, pois o futuro vem e vai em ondas que não percebemos até que seja tarde demais, e já foi, e está aqui, e vem, de novo.
Ninguém é mais o mesmo, nunca foi, nem por um segundo, que pelo mundo desfaz dias, mitos, ritos. Gotas de chuva inundam o rio que transforma todo querer. E o que era eu, não mais está aqui, é como uma certeza que não faz mais sentido, que aproveitou sua chance e tempo, que tinha o que fazer e agora nem tem como ser. Quem inventou o amor?
Todos olham a mesma coisa e ela é diferente, ouvem a mesma canção e viajam por tempos e lugares que de tão particulares, de tão indivizíveis, são perceptíveis àqueles que se permitem apenas por não perceberem que toda eternidade está guardada em um segundo.
E dizer ‘te amo’ é tão simples quanto é difícil amar. Que meu amor, então, seja algo simples, mas que seja perfeito, que faça sombra, guarde segredos, universos, e não morra nem se perca em outra pessoa, senão, meu já não é, mas de todo mundo. E ser igual é o que todo diferente é.
Quem inventou essa noite fria, de vento forte, de raios que iluminam mares e céus profundos? Quem inventou essa tarde de brisa leve, que parece dizer ‘tá tudo bem’? Quem inventou essa manhã de céu azul, cheia de cores e grandes esperanças, a cantar ‘o mundo começa agora...’?
Sou eu, sou você, sou todo mundo.

Um comentário:

Turquinha disse...

Muito bacana o texto.Parabéns !