sexta-feira, 7 de agosto de 2009

40



Beatles, Lua e Internet. Em comum, chegam à casa dos 40 anos. No distante, e cada vez mais emblemático, ano de 1969 coisas aconteciam com alguma explicação. Na época, o mundo ainda era grande pra caramba, muita coisa que aocntecia no primeiro mundo demorava meses para aportar aqui.
Enquanto um sonho acabava, outros entravam em cena, e nada do que foi seria de novo do jeito que já foi um dia. Em Abbey Road, 4 caras atravessavam uma rua em direção à memória, à eternidade. Era a última caminhada de um grupo que foi o centro das atenções naqueles idolatrados anos 60, que começaram com jaquetas de couro, calças apertadas, botas e muito gel nos cabelos e terminavam com a utopia hippie de paz e amor, baseada em natureza, drogas e sexo. Depois de sacudir o mundo com suas músicas simples e muita ironia, os Beatles buscavam novos espaços. Apesar do talento, separados eles foram apenas John, Paul, George e Ringo.
De cabo Canaveral partia a Apollo 11. O homem chegava à lua (?!). Se foram, ao pisar em solo lunar, Neil Armstrong deu um gigantesco passo na aventura humana. Ao mesmo tempo, percebeu toda a insignificância de nosso planeta em relação ao universo. Os papas da Idade Média optariam pelo suicídio naquele instante. Por aqui, milhões acompanhavam cada detalhe: as sombras difusas, apesar de haver apenas uma fonte de luz – o sol; a bandeira americana tremulando, apesar de não haver como uma bandeira tremular naquele lugar; a pegada do astronauta, apesar da falta de gravidade, que tornaria a tal pegada algo bem difícil. E na época ninguem perguntou quem segurava a câmera que filmou Armstrong pisando na lua. Se ele foi o primeiro humano a pisar na lua, o câmera era um alienígena... mistério.
Também na casa dos quarenta está a internet. Sim, ela que permite que você leia esse blog, que possibilita encurtar o mundo todo e se comunicar com quem quisermos na hora que bem entendermos. A internet, um brinquedinho de guerra que se tornou a melhor extensão de nossas pretensões. Com seu jeito intimidador e ao mesmo tempo hipnotizante, ela tem o melhor e o pior do ser humano no mesmo lugar. Na internet se ama, marcam-se encontros e massacres, cria-se mundos e discute-se absolutamente tudo, sem chegar a alguam conclusão satisfatória.
Se o mundo parecia veloz, agora entrou na velocidade do pensamento. E o mais interessante é que a evolução tecnológica é tão avassaladora que é capaz de modificar o mundo de uma maneira indelével, ainda que muitos finjam não ver.
Na internet, com seus recursos infinitos, todas as tribos são iguais (tá, são parecidas... ok, se toleram), desde que saibam como navegar. E olha que o poeta certamente nunca imaginou um giga sequer ao dizer que: Navegar é preciso, viver não é preciso.
De certa forma, 1969 foi o primeiro ano do resto de nossas vidas.

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